EMPOBRECIMENTO INTELECTUAL E FINANCEIRO: COMO COMBATER ESTE MAL DO SÉCULO

EMPOBRECIMENTO INTELECTUAL E FINANCEIRO: COMO COMBATER ESTE MAL DO SÉCULO

Frequentemente nos deparamos com informações como estas nos noticiários: “brasileiros cada vez mais, endividados”, “Aumento do desemprego”, “Falta de qualificação profissional no mercado de trabalho”, entre outros.

Paralelamente a essa situação, vemos um Brasil que não para de crescer, onde riqueza e prosperidade têm atraído cada vez mais empresas estrangeiras a investir seus recursos na nossa economia. Não é à toa que o Brasil vem despontando como um dos grandes países emergentes do mundo, representado pela letra “B” do bloco que veio a ser conhecido como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Por conta do aumento da produção, indústrias e empresas vêm procurando cada vez mais profissionais para compor o seu quadro de pessoal.

Parece meio contraditório falar sobre isso, porque vemos na mídia inúmeras notícias retratando índices elevados de desemprego no Brasil, mas o que ocorre é que essas empresas têm buscado profissionais inovadores, competitivos e qualificados.

O que observamos é que cada vez mais instituições, indústrias e empresas vêm buscando a cada dia ter, no seu quadro de pessoal, profissionais visionários, inovadores, empreendedores e criativos com nível intelectual altíssimo.

Vemos um crescente número de pessoas desempregadas que a cada dia vão sendo excluídas no mercado de trabalho. Muitas delas possuem baixo nível de escolaridade e nenhuma qualificação profissional. Mas o que fazer, então, para mudar essa realidade? O começo para a transformação passa necessariamente por entendimento dos motivos, causas e raízes que criaram todo esse sombrio e até certo ponto paradoxal panorama: há vagas no mercado de trabalho, mas não há pessoas capacitadas o suficiente para preencher boa parte dessas mesmas vagas.

empobrecimento-financeiroUm dos motivos de estarmos nessa situação deve-se ao fato de termos uma herança cultural excludente, herdada desde o período de colonial, onde poucos tinham acesso ao ensino, à cultura e ao lazer. As desigualdades sociais eram muito fortes, e a estrutura de nossa sociedade não permitia a mobilidade social, a possibilidade de pessoas que se situavam na base da pirâmide social, ou seja, na pobreza, ascender para classes economicamente mais fortes. Não havia incentivos à educação como meio para melhorar o padrão de vida, e os próprios sistemas de produção comercial e industrial privilegiavam a concentração de riqueza em mãos de poucos, obstruindo e desestimulando pessoas que quisessem oferecer seus serviços e produtos em condições melhores. Elas simplesmente eram barradas do mercado, porque isso não interessava às elites econômicas até então dominantes, que sufocavam a competição e impediam o progresso e desenvolvimento da nação.

Apesar dos avanços na oferta de serviços educacionais, e na vasta e ampla gama de opções que o brasileiro tem à sua disposição para aumentar seu nível de conhecimentos, o que vemos na prática é uma realidade bem triste. Em outras palavras, o chamado empobrecimento intelectual é algo que vem se concretizando no dia-a-dia em nossa sociedade. Muitos dos nossos trabalhadores estão desmotivados e desinteressados a se qualificarem profissionalmente. O que se observa é ainda haver falta de incentivo tanto por parte da família (baixo nível escolar e cultural) como por parte de Governo Federal. Muitas dessas famílias incentivam o filho a sair da escola para trabalhar, pois necessitam do auxílio deles para complementarem a renda.

Apesar de saberem que anos a mais de estudo revertem em ganhos mais expressivos no trabalho – ou mesmo não sabendo –, muitas dessas famílias ainda preferem que o filho ocupe seu tempo trabalhando, em vez de estar estudando, e essa preferência não é resultado apenas da necessidade de dinheiro para sustento de casa, mas também da falta de mais estímulos por parte da sociedade e do Governo para os estudos.

Um dado preocupante é o índice de abandono e evasão de escolar de adolescentes e jovens no Brasil. Outro dado que chama a atenção é o aumento no número de gravidez indesejada de adolescentes e jovens no Brasil. Este último dado, aliás, nos preocupa de modo especial, pois reflete de maneira significativa na educação desses jovens. Alguns Estados revelam que a gravidez indesejada de adolescentes e jovens vem sendo um determinante importante para o abandono e a evasão escolar. Vemos que há um enfraquecimento nas políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção e promoção de saúde no que diz respeito ao planejamento familiar.

Há também um enfraquecimento nas políticas de ensino. Alguns Estados brasileiros chegaram até reformular algumas diretrizes, mas não obtiveram sucesso. Esse enfraquecimento se deve ao fato de professores receberem baixos salários, refletindo assim de forma negativa no seu rendimento.

Podemos, de uma maneira geral, avaliar um país pela forma com que trata seus professores: países que investem maciçamente na educação e, em consequência, no oferecimento de incentivos aos seus professores, colhem os melhores frutos nas demais áreas da sociedade, como maior desenvolvimento econômico e melhoria em todos os demais índices de desenvolvimento humano. Canalizar recursos econômicos para educação é fundamental para o desenvolvimento e progresso de uma nação.

Observamos que o Governo da presidente Dilma Roussef tem se empenhado em ampliar os recursos federais nos programas de erradicação da pobreza como o Programa Bolsa Família e a ampliação do BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada) para diminuir a desigualdade social que há no Brasil. Vemos que estes benefícios são importantes para promover qualidade de vida. Mas o que ocorre é que a cada dia que passa o Brasil investe em ações “assistencialistas” e “mediatistas” ao invés de promover a saúde mediante políticas públicas mais eficazes e menos onerosas ao orçamento federal. Ao invés de “ensiná-lo a pescar o peixe com a vara, vem dando o peixe frito”. Ou seja, fornecem o beneficio (o dinheiro) nos programas Bolsa Família e BPC-LOAS e não os ensina a gastá-los de forma consciente. É uma intervenção totalmente assistencialista, pois não promove autonomia social e sim a síndrome de dependência.

Essa síndrome de dependência faz com que a pessoa não tenha mais motivação, autonomia, planejamento, e incentivo para buscar coisas novas. Faz com que ela dependa cada vez mais do sistema, empobrecendo assim intelectualmente e financeiramente.

Uma pessoa que dependa do sistema e não é incentivada a se desenvolver não só se torna “presa fácil” para candidatos a cargos públicos em épocas de eleições, como também diminuem as chances de desenvolverem atividades produtivas em prol da sociedade e de si mesmas.

Vale a pena lembrar que não estamos criticando aqui a essência dos programas sociais, mas sim a forma de como eles são implantados, implementados, monitorados e avaliados. Não se busca promover autonomia, desprendimentos, e busca de novas alternativas, mas tais programas fazem com que o indivíduo se torne ainda mais dependente de políticas assistencialistas, em vez de estimulá-lo a pensar por si próprio e de agir com mais consciência, autonomia e responsabilidade.

Como fazer para sair dessa situação?

Aqui vão algumas dicas para sair do empobrecimento intelectual e financeiro e ter mais qualidade de vida:

#1 – Organize o seu tempo

Faça uma coisa de cada vez. Defina prioridades, de acordo com os valores que você mais preza, e aja para realizá-las de modo eficiente, condizente com seu padrão de vida e com suas disponibilidades de horário. Concentre-se nessas atividades, em busca de desenvolvimento pessoal e intelectual.

#2 – Invista na sua educação

(Cursos de qualificação profissional, faculdade, especialização): já dizia um antigo provérbio: “se você acha que a instrução é cara, experimente a ignorância”. A educação é o melhor ativo em que você pode investir seu tempo e sua energia, pois o conhecimento adquirido nunca se perde e nunca sofre oscilações mesmo em momentos de crise econômica. Seja uma máquina de aprendizado, procurando conhecer tudo o que pode melhorar o seu padrão de vida.

#3 – Invista seu tempo em algo produtivo

(Leitura de livros) (não gaste seu tempo com novelas): o modo como você gasta seu tempo livre determina o modo como você viverá os futuros dias de sua vida. Procure preencher seu tempo com atividades que lhe proporcionem satisfação e que agreguem valor real à sua vida, ou seja, que façam de você uma pessoa melhor do que poderia ser. Lazer é fundamental e não se discute, mas não gaste seu precioso tempo com coisas que nada importam e nada repercutirão concretamente em sua vida. Seja autor de sua própria vida, e não mero espectador.

#4 – Invista na sua Educação Financeira

O dinheiro tangencia grande parte dos aspectos de nossa vida, e muitas de nossas decisões não-financeiras têm um fundo de natureza econômica: em qual local vou trabalhar? O que vou comer no próximo jantar? O que vou fazer no final de semana? Onde passarei minhas próximas férias? Terei filhos ou não? O que fazer para ter uma aposentadoria tranquila? Quanto mais você se dedicar a aprender sobre finanças, melhores condições estará em responder a todas essas questões. Viva em paz com seu dinheiro, e assim poderá viver em paz com todas as pessoas ao seu redor.

#5 – Preze por uma boa saúde sempre

Já diziam os gregos: “mente sã em corpo são”. Responda-me: na última vez em que você teve “aquela” dor de cabeça, ou “aquela” dor de barriga, você tomou alguma decisão importante? Ou você simplesmente se preocupou mais em resolver o problema de saúde primeiro, para dar conta de todas as demais atividades depois? Então preste atenção aos sinais que o corpo emite: cansaço, estresse, dificuldade para dormir, sonolência após o almoço etc., são sintomas de que algo não vai bem com seu corpo. Cuide da sua saúde, pratique exercícios físicos, que oxigenem o cérebro, alimente-se de forma mais equilibrada, com menos fast food e mais vegetais, folhas verdes e grãos integrais, beba mais água etc., e você terá todas as condições de produzir uma energia de altíssima qualidade, que fará você tomar decisões mais conscientes e melhores para todas as áreas de sua vida.

#6 – Pare de impressionar os outros

Viva uma vida abaixo de seus meios. Gaste menos do que você ganha. E, quando gastar, não pense em impressionar os outros. Há pessoas por aí que vivem como milionários e que ganham salários “de centavos”: vivem uma vida     de aparências, e sustentam um padrão de vida de luxo baseado em dívidas. Dívidas não levam a lugar algum, a não ser falências, processos judiciais, cobranças e humilhações. Se você quer ter um estilo de vida mais sofisticado, pense em meios de aumentar sua renda, a fim de que ela seja compatível com seus gastos, e não em meios de aumentar suas dívidas, uma vez que você, agindo Assim, estará só se auto-enganando e enganando aos outros.

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